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Wild Offices: conheça os nossos escritórios pelo mundo

jun 01, 2020 8 MIN LEITURA Taissa Cruz

Um giro pelos nossos escritórios: veja como criamos ambientes que favorecem o trabalho, sem deixar de lado o aconchego e a convivência entre as pessoas.


 

A Wildlife é uma empresa jovem, de apenas nove anos. Mas cresce num ritmo alucinante. Nos últimos dois anos, fomos além dos limites de São Paulo e abrimos escritórios em outras importantes cidades do mundo, como Dublin, Palo Alto e Buenos Aires. Com um processo de expansão tão rápido, manter a identidade da empresa nessas novas localidades é um desafio – o meu desafio, mais especificamente, como Sr. Operation Manager na área de Facilities.

Afinal, a gente quer as pessoas tenham a sensação de pertencimento, e que cada escritório acolha Wilders, independentemente do seu ponto no mapa. Nesse sentido, o desenvolvimento de um projeto arquitetônico coeso para as instalações de trabalho cumpre um papel importante para a definição e manutenção de um “jeito Wildlife” de trabalhar.

Uma das minhas primeiras missões na Wildlife foi exatamente conduzir toda a mudança arquitetônica dos escritórios da empresa.

Da mesma forma que muitas empresas de tecnologia pelo mundo, a Wildlife teve como sede inicial a casa dos seus fundadores, Arthur e Victor Lazarte. Em pouco tempo, a empresa migrou para o Condomínio Corporate Park, no bairro Itaim Bibi, em São Paulo (SP), onde hoje ocupa dois andares. Em 2018, buscando mais espaço, instalamos escritórios também em quatro andares do edifício Square 955 Corporate, localizado na mesma rua. Foi nesse mesmo ano que decidimos iniciar uma reformulação do 11º andar do Corporate Park, adotando um novo conceito de arquitetura.

A organização das instalações de trabalho, que chamamos de Facilities, passou por muitos momentos distintos nas últimas décadas. De um modo geral, na década de 80, escritórios eram bastantes compartimentados, com estações muito bem definidas. Anos mais tarde, os espaços abertos tomaram conta das empresas, mas logo a nova moda começou a ser criticada, já que a falta de isolamento acústico comprometia o foco nas tarefas. Para a Wildlife, a solução procurou mesclar os melhores aspectos de cada proposta. Afinal, não adianta focar na parte estética se os ambientes não forem funcionais.

Para nos ajudar na tarefa de dar uma nova cara ao 11o andar e, por consequência, a toda a empresa, contratamos o escritório Bernardes Arquitetura, responsável por projetos marcantes como o do Museu de Arte do Rio (MAR), na capital fluminense.

Seguindo um conceito que buscava trazer para dentro do ambiente corporativo a sensação de uma vida exterior, mais natural, adotamos uma paleta de tons pastéis, muita madeira nos mobiliários, tijolinhos à vista nas paredes e carpetes verdes. Substituímos os vasos de plantas por verdadeiros jardins ao longo dos corredores.

No aspecto funcional, pesquisamos muito para entender o que fazia sentido para o tipo de atividade da Wildlife. A opção foi pela construção do que chamamos de aquários, que são paredes feitas de vidro curvo – e que se tornaram marca registrada do escritório de São Paulo.

Esses espaços translúcidos colaboram para o foco das equipes, sem comprometer a sensação de um ambiente aberto e fluido. Os espaços de convivência, como a copa, foram mantidos, pois, além de agradáveis, são importantes para promover a socialização.


Queríamos criar um espaço acolhedor, no qual as pessoas se sentissem bem e trabalhassem com mais conforto.

Recentemente concluímos um auditório 8o andar do Corporate Park, com capacidade para 258 pessoas.

ESCRITÓRIOS PELO MUNDO

Em agosto do ano passado, iniciamos as obras do nosso escritório em São Francisco, na Califórnia. Localizada no 36o do complexo comercial Embarcadero Center, no coração financeiro da cidade, a sala possui uma vista incrível da cidade e de seu mais famoso ponto turístico, a ponte Golden Gate. De cara entendemos que essa sala deveria ser o cartão postal da empresa. Trouxemos o conceito desenvolvido no Brasil, com exceção da divisão por aquários, por se tratar de um local menor, destinado à diretoria da empresa.

Adaptações às realidades locais e especificidades da atividade a ser desempenhada em cada instalação são uma constante no nosso trabalho. No nosso segundo escritório nos EUA (Palo Alto, CA), por exemplo, tivemos que redobrar nossa atenção com a segurança da informação, pois ele está localizado no primeiro andar de um prédio, bem visível do nível da rua. Por isso, instalamos monitores sem reflexão e tomamos cuidado com o nível de transparência das janelas.

Temos ainda um terceiro escritório nos EUA, em Orange County (CA). O espaço reúne equipes de artistas, de modo que instalamos mesas maiores e cadeiras ergonomicamente apropriadas para as funções. Dado o tipo de tarefa que desenvolvem, tivemos que sacrificar a luz natural, alinhada ao nosso conceito, e instalar spots de iluminação artificial. E, como cada país segue especificações para alturas de mesas e cadeiras, nos adaptamos, mas mantendo a cara da Wildlife, claro.

O caminho para a adequação do escritório de Buenos Aires mesclou soluções aplicadas em São Paulo e São Francisco. Na Argentina temos um espaço amplo, e identificamos a necessidade de instalar aquários e garantir espaços abertos para reuniões com um número maior de pessoas. Como se trata de uma unidade que ainda não está totalmente ocupada – mas que já tem no horizonte a ampliação da equipe – tivemos que evitar a sensação de espaço vazio. Para isso, investimos em um projeto que vai se desdobrando, conforme a necessidade. Criamos uma lounge onde as pessoas podem relaxar e conversar em bancos compridos. Porém, instalamos nesses locais toda a estrutura elétrica que permitirá a colocação de mesas e equipamentos de trabalho futuramente.

A inauguração do escritório argentino ocorreu no início de março deste ano. No momento, já estamos pensando nas adequações do escritório de Dublin, na Irlanda, que também deve seguir uma estrutura bem próxima da usada aqui no Brasil.

DESAFIOS (E ALGUNS PERRENGUES) FAZEM PARTE DO JOGO

O trabalho com facilities envolve muitos desafios logísticos e demanda tempo para pesquisar as necessidades dos times, o tipo de trabalho que desenvolvem e a melhor forma de acomodá-los em um ambiente agradável e que favoreça o desempenho profissional. Paralelamente, também temos que estar ligados nas melhores soluções oferecidas pelo mercado, que sempre está em evolução. Neste período em que a Wildlife se torna cada vez mais global, as viagens também entraram na rotina.

Para essas tarefas, precisamos de disposição e jogo de cintura para encarar imprevistos e prazos apertados.

Lembre-se: estamos falando de uma companhia que está crescendo 80% ao ano! São muitas as histórias de sufocos que acabam sendo lembradas de maneira divertida e se transformam em aprendizados importantes.

Faltando 24 horas para a entrega do 11o andar, por exemplo, minha equipe se deu conta de que faltavam detalhes importantes para deixar o lugar mais aconchegante. Cruzamos a madrugada de São Paulo atrás de fornecedores de materiais de escritórios, plantas e outros objetos. Tivemos que encontrar até os fornecedores dos bonecos dos personagens dos nossos jogos!

Em Palo Alto, percorremos várias lojas de móveis buscando o melhor prazo de entrega, pois tínhamos apenas uma semana até a chegada das equipes. Quando adquirimos o básico para que eles pudessem começar a trabalhar, voltamos ao Brasil para concluir todo o projeto de adequação deste escritório, o que fizemos em duas semanas. São perrengues, mas que rendem ótimas histórias.

CONFORTO E CUIDADO EM TEMPOS DE PANDEMIA

O isolamento social impôs à equipe o desafio de encarar o home office. Mas isso não significa que o time de Facilities está parado. Longe disso! Se não podem usufruir do conforto dos nossos escritórios, tratamos de desenvolver iniciativas que levem para as casas dos nossos profissionais um pouco do espírito da Wildlife. Fomos uma das primeiras empresas a enviar mobiliários para as casas das pessoas, conforme a necessidade delas. Fizemos happy hours virtuais e enviamos bolos para todos os nossos aniversariantes. Queremos mostrar que a empresa está cuidando deles, mesmo de longe.

Quanto aos escritórios, seguimos sempre abertos aos feedbacks. São esses retornos que sinalizam novos caminhos e formas de seguirmos evoluindo, de acordo com o crescimento da nossa marca.

Mobility jun 01, 2020 Taissa Cruz