Wildlife

We Are Committed: “Sinto que os resultados da empresa são os meus resultados”

nov 20, 2020 8 MIN LEITURA Juliana Protásio

Ana Costa, Game Director de Tennis Clash, conta como a sua jornada na Wildlife faz com que o trabalho se torne uma série de desafios a serem superados.



 

Fazer um time crescer de 100 para mais de 700 pessoas em apenas três anos é um daqueles feitos que tendem a entrar para a história como lenda. Ainda mais quando esse salto ocorre sem deixar para trás uma cultura disruptiva que é fundamental à existência do negócio.

Na Wildlife, esse “fermento” é conhecido como comprometimento. Esse é um valor fortemente incorporado nas mais diversas áreas da empresa, dos times de arte aos de desenvolvimento, de pessoas com mais tempo de casa até quem acaba de chegar.

Além disso, a conversa sobre valores dentro da Wildlife está sempre em alta, e sempre descobrimos boas histórias que simbolizam esses valores. Ana Costa, Game Director de Tennis Clash, é protagonista de uma delas.

Ana chegou à Wildlife em 2017 e entra de cabeça em tudo que faz. De lá para cá, além de boas amizades entre os colegas, ela vem acumulando missões cumpridas e desafios superados. Natural de Jacareí, município do interior de São Paulo, Ana se formou em Engenharia Mecânica Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o prestigiado ITA.

Após um período de estágios em empresas de consultoria, a Wildlife se tornou seu primeiro “emprego de verdade” – e logo em um papel tão estratégico. “Nos últimos anos de faculdade eu já sabia que queria trabalhar com tecnologia, mas nunca imaginei que seria em uma empresa de jogos. A Wildlife foi uma surpresa para mim”, conta.

Ana nunca tinha ouvido falar da Wildlife quando o time de recrutamento entrou em contato com ela pela primeira vez. “Isso me fez vir para as primeiras entrevistas com certa desconfiança”, conta.

Conforme o processo foi avançando, a desconfiança rapidamente deu lugar a um interesse não só pelo trabalho em si, mas pelas pessoas que fariam parte do seu dia a dia. “Conheci mais sobre a empresa, interagi com alguns futuros colegas de trabalho e assim tive certeza do que queria. Quando o Arthur [co-fundador da Wildlife] me ligou fazendo a oferta, eu aceitei na hora.”

“Percebi que a Wildlife era um lugar em que eu poderia fazer parte da construção de algo grande, ao lado de pessoas brilhantes com quem tinha muito a aprender. Vi ali a oportunidade de fazer o trabalho da minha vida.”

UM INÍCIO DE POUCA EXPERIÊNCIA E POTENCIAL GIGANTESCO

Antes de entrar na Wildlife, Ana não era uma gamer convicta, mas jogos faziam parte relevante de sua vida. Mais especificamente, o xadrez.

“Aprendi a jogar xadrez aos 4 anos, com meu irmão, em um tabuleiro que tinha pertencido ao meu bisavô. O jogo esteve presente em toda a minha infância e adolescência – foram anos me debruçando ao tabuleiro em grande parte das minhas horas livres e viajando aos finais de semana para competir. Ainda que não tivesse o hábito de jogar no console ou no celular, gosto de pensar que a mentalidade de jogador sempre fez parte de mim”, revela.

Como ex-enxadrista, Ana entende de estratégia, e por isso sabe o que um bom jogo precisa ter para engajar desde a primeira partida – e isso rege o seu trabalho com o Tennis Clash.

O jogo, que é considerado aquele que mais se aproxima da experiência real do esporte em dispositivos mobile, foi lançado em outubro do ano passado, após grande movimentação interna e trabalho intenso, segundo Ana:

“Éramos apenas 8 no time e tínhamos apenas o fluxo básico de jogo fechado. Após alguns testes preliminares, o potencial do Tennis Clash ficou evidente, e com isso a Wildlife foi realocando engenheiros e artistas de outros projetos para o nosso time. Em poucas semanas já éramos 50 pessoas que tinham como meta entregar o jogo completo em 2 meses.”

A missão era ambiciosa: trazer para o jogo de celular uma experiência bem próxima daquele que é o terceiro esporte mais popular do mundo, atrás apenas do futebol e do basquete.

“O objetivo era criar uma dinâmica que fosse atrativa para quem gosta do esporte, mas que também fosse intuitiva para quem nunca teve experiências na quadra. Para isso, fomos fundo na pesquisa para entender como o tênis funciona, dos aspectos físicos aos estratégicos: fizemos aulas de tênis, lemos artigos sobre a física do voo da bola e assistimos a várias partidas juntos.

Ao que parece, o esforço deu certo: Tennis Clash performa excepcionalmente bem em países como Itália, Suíça e Espanha, onde o tênis é um esporte popular, e também figura no Top 10 de jogos esportivos em mais de 100 países.

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COMPROMETIMENTO APLICADO AO DIA A DIA

Curiosamente, a conexão de Ana com esportes dentro da Wildlife não se limita ao Tennis Clash. Um episódio, em especial, marcou a sua história na empresa.

“Em 2018, o Victor [Lazarte, CEO e cofundador da Wildlife] fez um convite para o time: viajar para Fernando de Noronha e lá correr uma meia-maratona. Para ‘conquistar’ a viagem, teríamos que cumprir treinos de corrida três vezes por semana durante 4 meses. Eu nunca tinha corrido antes, mas topei o desafio”, conta.

A missão em Fernando de Noronha foi cumprida, mas a comemoração durou pouco. “No mesmo dia, o Victor já lançou outro desafio: correr a maratona de Paris. Eu mesma não podia acreditar que estava prestes a dizer sim, mas de novo, assinei embaixo. Isso significava seguir a rotina de treinos por 6 meses e depois ir lá correr os 42 km. Foi uma experiência incrível”, Ana lembra.

Tudo isso a aproximou de colegas e a corrida acabou se tornando parte da sua vida – até hoje ela treina por conta própria – e deixou uma lição:

“Aprendi que, para atingir uma meta, é preciso se comprometer com ela, ter consistência e disciplina para chegar lá. No fim das contas, pensar estrategicamente é colocar energia nas coisas que realmente importam.”

E dá-lhe energia, porque Ana não só ganhou cada vez mais responsabilidades com o Tennis Clash, como também fundou o Women++ em 2018, grupo de afinidade que tem como meta estimular a diversidade de gênero na Wildlife.

“O problema da desigualdade de gênero é sistêmico e difícil de resolver sem fazer esforços conscientes. Para isso, desenhamos de que forma queremos atacar a questão. Um dos pilares é o ambiente – criar uma cultura em que as mulheres possam se sentir acolhidas, respeitadas, com aconselhamento e mentoria para que possam, também, ser bem sucedidas”, conta.

Ana explica que um dos pontos mais importantes do trabalho do Women++ é o recrutamento – ou seja, estabelecer metas para incluir mulheres nos processos seletivos, fazer com que elas tomem conhecimento das vagas e treinar quem contrata a respeito do viés inconsciente.

“Também é importante trabalharmos para reduzir o gap social e, para isso, investimos em atividades de formação para mulheres nas áreas de tecnologia e temos outros projetos para sair da bolha, alcançar cada vez mais pessoas. Este ano, essas iniciativas ganharam ainda mais força, com a entrada da Taíssa Cruz, Head de D&I, que também tem em vista a diversidade racial e LGBTQI+”, diz.

De acordo com Ana, hoje o recrutamento focado em equidade de gênero é uma pauta presente em todos os times.

“Quando entrei, havia apenas duas mulheres na área de jogos, hoje já somos 34. A diversidade traz uma vantagem competitiva de negócios, afinal, backgrounds distintos trazem uma visão mais ampla dos problemas, o que tem como resultado soluções mais criativas e abrangentes. Então, é importante romper com paradigmas ultrapassados para conseguir atrair esses talentos e sair na frente.”

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É POSSÍVEL LEVAR A SÉRIO SE DIVERTINDO

Com tantos desafios encarados ao longo dos seus três anos de Wildlife, Ana foi renovando suas energias para abraçar cada vez mais responsabilidades, mas também entendeu que tão importante quanto as suas realizações profissionais, a diversão era parte essencial do seu dia a dia.

“A gente brinca que na Wildlife, ao contrário do que acontece nas outras empresas, quando o chefe se aproxima da nossa mesa, a pessoa fecha a planilha e abre o joguinho”, conta.

“Não sinto que estou trabalhando, é leve, me satisfaz. É algo que faz parte de mim, portanto, os resultados da empresa são os meus resultados. Essa sensação faz com que cada um entregue o melhor de si buscando se superar, é algo que vejo como natural para a equipe inteira.”

Essa naturalidade é o segredo que fez com que o grupo envolvido com Tennis Clash crescesse de oito para 50 pessoas sem que isso causasse uma situação caótica. De acordo com Ana, isso só é possível se todo mundo está comprometido e caminha junto.

“Tudo o que fazemos se torna um reflexo de quem nós somos para atingir o máximo potencial. Confio que a empresa vai me valorizar e, quando entrega o resultado, sei que vou crescer junto. Isso é mais um motivo para me enxergar ainda por muitos anos na Wildlife.”

Wildlife nov 20, 2020 Juliana Protásio